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Por que procrastinamos?

A palavra procrastinação vem do latim, procrastinatus’.  pro – à frente – e crastinusamanhã. Por definição, procrastinação é a evitação ou o adiamento de uma ação a tal ponto que isto gere prejuízos em alguma área da vida da pessoa. Para a pessoa que procrastina, isso resulta em um aumento do nível de estresse, com acúmulo de tarefas, menor produtividade, sensação de fracasso por não cumprir com a suas responsabilidades e compromissos.

No momento você pode estar se perguntando, “então por que algumas pessoas ainda insistem em procrastinar?”

Precisamos entender os principais motivos que levam uma pessoa a procrastinar. A partir de uma maior compreensão acerca deste comportamento disfuncional, passa a ficar mais evidente um dos aspectos centrais por trás da procrastinação: uma falha autorregulatória. E o que isso significa? A autorregulação é nossa habilidade em regular processos relacionados aos nossos pensamentos, às nossas emoções e também aos nossos comportamentos. Uma pessoa que procrastina apresenta dificuldade em regular alguns desses processos.

A maneira como interpretamos determinadas situações tem um enorme poder de provocar reações emocionais e comportamentais. Nossa interpretação influencia diretamente nos nossos sentimentos, nas nossas ações e nas nossas reações corporais. A procrastinação é um comportamento e, como acabamos de compreender, um dos principais fatores que contribui para nossa resposta comportamental é a maneira como interpretamos certas situações. Sendo assim, o comportamento procrastinatório é uma estratégia para regular, em curto prazo, emoções negativas que acompanham a avaliação de uma tarefa.

A procrastinação está geralmente associada a fatores cognitivos e emocionais, sendo eles o desconforto da tarefa e medo do fracasso. Há pessoas que são mais receosas que o normal, “ruminam” preocupações improdutivas; outras se cobram em excesso, são muito perfeccionistas; outras podem ser tímidas e temer uma má avaliação; outras, por sua vez, podem ser desorganizadas; outras, ainda, podem ter dificuldade para controlar os próprios impulsos e se entregar aos prazeres imediatos. Como vimos, há muitos motivos que podem levar uma pessoa a procrastinar.

Você se identifica com isso? Se você apresenta alguns comportamentos procrastinadores é importante como primeiro passo já ir identificando os seus motivos. Em breve irei fazer um post sobre estratégias para vencer a procrastinação. Fiquem  ligados!


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Saúde mental

O PENSAMENTO POSITIVO NÃO É A SOLUÇÃO.

Embora os pensamentos afetem os estados de humor, o comportamento e as reações físicas, o pensamento positivo não é uma solução para os problemas da vida. A maioria das pessoas ansiosas, deprimidas ou irritadas pode dizer que: “Ter apenas pensamentos positivos não é assim tão fácil”. De fato, ter apenas pensamentos positivos é uma proposta muito simplista, geralmente não provoca mudanças duradouras e pode nos levar a negligenciar informações que são importantes.

É necessário aprender a levar em consideração todas as informações e os diferentes ângulos de um mesmo problema. Encarar uma situação considerando todos os seus ângulos e um amplo leque de informações – positivas, negativas e neutras – produz formas mais úteis de compreender as situações e encontrar novas soluções para as dificuldades que você enfrenta.

Uma solução mais acertada ao invés de dizer que “Tudo vai ficar bem” seria prever que se sentiria emoções desconfortáveis e ter um plano de como lidar com elas durante a situação. Se pensarmos unicamente nos aspectos positivos, podemos não ser capazes de fazer previsões com precisão e de lidar com eventos piores do que esperamos.

MUDAR A FORMA DE PENSAR É O ÚNICO MODO DE SE SENTIR MELHOR?

Embora o processo de identificação, teste e consideração de pensamentos alternativos seja um ponto central da Terapia Cognitiva Comportamental, com frequência é igualmente importante fazer mudanças nas reações físicas e/ou no comportamento.

Por exemplo, se você vem se sentindo ansioso há muito tempo, provavelmente evita coisas que produzam ansiedade em você. Uma parte do aprendizado de como lidar com esse estado de humor é aceitar sua ansiedade (mudança cognitiva), aprender a relaxar (mudança física) e abordar o que o assusta para que consiga lidar com os perigos identificados (mudança comportamental).

As pessoas geralmente só superam a ansiedade quando mudam os pensamentos e superam a evitação. Fazer mudanças em seu ambiente/suas situações de vida também o ajuda a se sentir melhor. Reduzir o estresse, aprender a dizer não a pedidos irracionais de outras pessoas, passar mais tempo com indivíduos que o apoiam, trabalhar com os vizinhos para aumentar a segurança do bairro e tomar atitudes para diminuir a discriminação ou o assédio no trabalho são todas mudanças ambientais/de vida que ajudam você a se sentir melhor.

Algumas situações da vida são tão desafiadoras que simplesmente pensar de forma diferente sobre as coisas não é uma ideia inteligente. Por exemplo, alguém que está sendo abusado precisa de ajuda para mudar ou para sair dessa situação. Simplesmente mudar os pensamentos não é uma solução adequada para o abuso: o objetivo é parar o abuso. As mudanças nos pensamentos auxiliam alguém nessa situação a se sentir motivado para obter ajuda, mas simplesmente mudar os pensamentos para permitir a aceitação do abuso não é uma solução conveniente.


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Saúde mental

Viver a vida no modo automático ou no modo consciente?

As vezes você tem a impressão que o dia passou depressa e que você não viu o que fez? Ou sente que o tempo está passando mais rápido que o normal e tem a sensação de que não está sentindo a vida passar?

Quando isso acontece é sinal que você está levando a vida no modo automático, que é muito eficiente em automatizar nossa vida por meio de hábitos. Eles são bons em alguns momentos na realização de tarefas repetidas, porém quando cedemos demais ao piloto automático podemos acabar fazendo atividades diárias sem de fato estar vivendo. Viver a vida no modo consciente nos permite voltar a ter total atenção da nossa vida.

Outra característica que diferencia o automático do consciente é a questão de estarmos o tempo todo pensando demais, ficamos absorvidos por pensamentos acelerados para analisar tudo a nossa volta, porém esquecemos de sentir nossas experiências. Sentindo você cultiva uma sensação intuitiva do que está ocorrendo a sua volta, você acorda para o que está acontecendo no mundo e dentro de você, momento a momento, aumentando sua capacidade de ver as pessoas e a vida de outra maneira.

Bruna Castro Psicologa modo automático ou consciente

Você precisa aprender também que pensamentos não passam de pensamentos, são eventos criados pela mente, costumam ser valiosos, mas não são você ou a realidade. A simples compreensão desse fato te liberta do excesso de preocupação e ruminação. Outro ponto é que você precisa restaurar o equilíbrio entre as atividades que o revigoram e atividades que o esgotam. Pense na sua rotina e nas atividades que exerce, no fim você fica esgotado ou revigorado? Há um balanço entre as duas atividades? Replaneje sua rotina, se for necessário.

Costumamos também julgar e comparar o mundo “real” com o mundo que idealizamos em nossos sonhos e pensamentos e a diferença entre os dois gera uma insatisfação e frustração permanente. Por outro lado, podemos suspender o julgamento com o simples fato de aceitar que as coisas são como são. Aceitar é reconhecer que a experiência existe e, em vez de deixar que ela controle sua vida, observá-la compassivamente, sem julgá-la, criticá-la ou negá-la. Experimente se livrar dos julgamentos e reclamações por uma semana e veja a diferença!

Enfim, saia do modo automático de viver sua vida, experimente o modo consciente e leve a vida mais atenta no que realmente importa e acrescenta. Tenha atenção no momento presente, uma das técnicas que ajudam nesse processo é a meditação, entrar em contato consigo mesmo e sentir a vida novamente.

A terapia também é um momento de cuidado e consciência de si, se perceber dificuldades nesse processo procure um profissional!


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Inteligência Emocional Saúde mental

Resolva seus problemas: compreender é o primeiro passo.

Conseguimos compreender nossas experiências de vida analisando cinco partes: ambientes/situações de vida, reações físicas, humor, comportamentos e pensamentos. Cada uma dessas partes interage com as outras, então, mudanças em nosso comportamento influenciam como pensamos e como nos sentimos. O comportamento também pode mudar o ambiente e os eventos da vida. A forma como pensamos determina como nos sentimos.

Como exemplo da compreensão dos problemas em cada uma dessas partes, considere uma pessoa ansiosa que têm fobia em voar de avião e precisa fazer uma viagem importante para sua vida profissional.

  • Mudanças ambientais/situação de vida: Viagem a trabalho para alcançar uma promoção.
  • Reações físicas: suor frio, taquicardia, respiração acelerada, agitação.
  • Humor: em pânico, ansiedade, nervosismo.
  • Comportamento: evitação de voar, cogitando desistir da promoção.
  • Pensamentos: “Estou tendo um ataque cardíaco”, “Vou morrer”, “Alguma coisa ruim vai acontecer se eu viajar de avião”.

A compreensão de como interagem esses cinco aspectos ajuda a compreender nossos problemas e já que as áreas estão interligadas, pequenas melhoras em qualquer uma delas contribuiriam para mudanças positivas nas demais. Assim como no exemplo você também pode começar a entender os problemas, observando e anotando o que está vivenciando nessas cinco áreas da sua vida, isso pode proporcionar uma nova maneira de compreender os próprios problemas e fornecer ideias de como fazer mudanças positivas na vida.

Bruna Castro - Resolva seus problemas

Para facilitar o preenchimento dessas cinco fases responda às seguintes perguntas:

  • Mudanças ambientais/situação de vida: Que mudanças recentes ocorreram em minha vida? Quais foram os eventos mais estressantes para mim no último ano? Nos últimos 3 anos? Cinco anos? Em minha infância? Estou passando por dificuldades duradouras ou atuais?
  • Reações físicas: Que sintomas físicos estou tendo? (Considere mudanças gerais no nível de energia, apetite, dor e sono, além de sintomas ocasionais como tensão muscular, cansaço, taquicardia, dores de estômago, sudorese, tonturas e dificuldades respiratórias.)
  • Estados de humor: Que palavras isoladas descrevem meus estados de humor mais frequentes ou perturbados (triste, nervoso, raivoso, culpado, envergonhado)?
  • Comportamentos: Que comportamentos estão conectados ao meu humor? No trabalho? Em casa? Com amigos? Comigo mesmo? (Comportamentos são coisas que fazemos ou evitamos fazer.)
  • Pensamentos: Quando apresento estados de humor intensos, que pensamentos tenho a meu respeito? Sobre outras pessoas? Meu futuro? Que imagens ou lembranças me vêm à mente?

Após essa atividade ficará mais fácil visualizar quais áreas necessitam de mudança, na terapia cognitivo comportamental se foca nas distorções de pensamentos e na ativação comportamental. Se você tem algum transtorno é necessário que faça essa atividade e inicie a terapia, assim seu terapeuta poderá te ajudar a compreender melhor seus problemas e orientá-lo quanto ao caminho que deve seguir para promover mudanças.

O app Cogni auxilia no registro de pensamentos disfuncionais

Para lhe ajudar a resolver seus problemas com a ajuda da tecnologia e a compreender seus sentimentos, eu costumo utilizar um aplicativo com meus pacientes em terapia que permite escrever essas cinco áreas com muita facilidade e depois eles podem compartilhar comigo suas anotações para discutirmos nas sessões. Já postei no meu Instagram sobre o aplicativo Cogni que funciona como um diário da terapia. Confira o post e aproveita para me seguir se ainda não me segue:

https://www.instagram.com/p/B1Ph7eih6rL

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Saúde mental

O que é meditação da atenção plena?

A meditação é uma técnica milenar que produz grandes ganhos em todas as áreas da vida. Uma das variações da meditação é a atenção plena (mindfulness) que se baseia na terapia cognitiva, que é simples e leve sendo indicado para qualquer pessoa.  Ela ajuda em impedir sensações negativas de se transformarem em humor deprimido e transtornos de ansiedade.

Mas como se faz a meditação da atenção plena?

Essa meditação consiste em concentrar toda a atenção na respiração, para que você possa observar os pensamentos surgindo na sua mente e, pouco a pouco, pare de lutar contra eles. Dessa forma você consegue perceber que os pensamentos aparecem e somem por conta própria e entende que você não é seus pensamentos e que você tem a opção de agir com base neles ou não.

E quais os benefícios da meditação?

A ansiedade, a depressão e a irritabilidade diminuem com sessões regulares de meditação. A memória melhora, as reações se tornam mais rápidas e o vigor mental e físico aumenta. Há melhora nos relacionamentos interpessoais, redução do estresse crônico e hipertensão. E a meditação também fortalece o sistema imunológico, ajudando a combater resfriados, gripe e outras doenças.

Com todos esses benefícios, o que impede as pessoas de praticarem são alguns mitos, vamos desmistificá-los:

  • A meditação não é uma religião, ela é apenas uma técnica de treinamento mental.
  • Você pode praticar a atenção plena em qualquer lugar e em qualquer posição e não apenas em lugares silenciosos deitado ou sentado.
  • A pratica de atenção plena não exige muito tempo, só é preciso ter paciência e persistência;
  • A meditação não é complicada, não existe sucesso ou fracasso, mesmo com dificuldade para meditar, ela é funcional para aprender seus benefícios.
  • A meditação não implica aceitar o inaceitável, mas ver o mundo com mais clareza para ser capaz de tomar atitudes mais sábias para mudar o que precisa ser mudado.
Bruna Castro - Atenção plena

A prática da atenção plena não nega o desejo natural do cérebro de solucionar problemas. Ela simplesmente nos dá tempo para escolher a melhor forma de resolvê-los.

Em breve colocarei alguns passos para realizar a meditação aqui no blog, mas hoje em dia tem diversos aplicativos que permitem a meditação guiada como:

Veja alguns exemplos de programas recomendados:

Lojong

Meditopia

Meditopia

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Inteligência Emocional Saúde mental

Você tem inteligência emocional?

A inteligência emocional se traduz na possibilidade do ser humano de aprender a lidar com as próprias emoções e usufruí-las em benefício próprio. Aprender, também, a compreender os sentimentos e comportamentos do outro.
A importância da inteligência emocional é para a vida. Sua essência se dá quando conseguimos conciliar o lado emocional e racional do cérebro, neutralizando as emoções disfuncionais , as quais produzem comportamentos destrutivos e, então, potencializa as emoções funcionais para gerar os resultados desejados. Em terapia se trabalha muito estratégias de controle de emoções, adquirindo uma inteligência emocional funcional e positiva! 

O controle das emoções em situações que as tornam disfuncionais é realizado quando identificamos os pensamentos que as geram. Quando mudamos nossos pensamentos conseguimos mudar também a forma como nos sentimos em relação a eles. Uma pessoa que tem inteligência emocional consegue controlar seus sentimentos e questionar seus pensamentos conseguindo dessa forma conectar razão com emoção! 

E como anda a sua inteligência emocional?


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Saúde mental

Janeiro Branco: Sua saúde emocional e mental em foco

Nesse mês de Janeiro temos uma campanha de extrema importância, que reflete a sensibilização pela saúde mental, uma campanha dedicada a convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o propósito das suas vidas, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, seus pensamentos e sobre os seus comportamentos.

Sempre coloco a importância de priorizar a saúde mental em nossas vidas, isso porque sei que o nosso comportamento, as nossas crenças e a maneira como vemos e sentimos o mundo interfere em todos os âmbitos da nossa vida. Para buscar o bem estar físico muitas vezes precisamos primeiramente estarmos bem emocionalmente, nos últimos anos podemos perceber cada vez mais o aumento de doenças psicológicas como a depressão e a ansiedade na população, parte disso é em relação a mudança da sociedade que esta cada vez mais informatizada e imediatista, estamos sempre ocupados demais com trabalho e afazeres, estamos sempre utilizando alguma tecnologia para socialização, estamos sempre com pressa e com pouco tempo para tudo, estamos sempre priorizando outras coisas e esquecendo do nosso tempo de qualidade!

Bruna Castro Psi Janeiro Branco

Precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, priorize sua saúde mental:

Precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, de ter um relacionamento, um descanso, um lazer de qualidade, precisamos cuidar da mente e do corpo e precisamos separar um tempo na rotina tão agitada para isso! Porque há sofrimentos que podem ser prevenidos. Dores que podem ser evitadas. Violências que podem ser impedidas, cuidadas ou reparadas. Exemplos que podem ser partilhados. Ensinamentos que podem ser difundidos em nome de povos mais saudáveis e mais bem resolvidos em termos emocionais.

Priorize sua saúde mental e emocional e veja a diferença dos outros âmbitos da sua vida! Ótimo janeiro branco para todos, e um ótimo ano.


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