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Remoer pensamentos negativos: solução ou problema?

Com frequência, os pensamentos negativos aparecem disfarçados de perguntas duras que fazemos a nós mesmos:

Por que estou tão infeliz? O que está acontecendo comigo? Onde será que errei? Onde isso vai acabar?

Os vínculos estreitos entre os diversos aspectos da emoção, que o tempo todo recorrem ao passado, podem explicar por que um sentimento passageiro pode ter um efeito significativo sobre o estado de humor.

Às vezes esses sentimentos chegam e partem tão rápido quanto uma rajada de vento. Outras vezes, no entanto, o estresse, a fadiga e o mau humor ficam grudados como adesivos em nossa mente, e nada parece ser capaz de arrancá-los dali. A impressão que se tem é que é justamente isso que está ocorrendo: a mente é ativada para entrar em alerta máximo, mas depois não consegue ser desativada, como deveria acontecer.

Então, a forma como reagimos pode transformar emoções temporárias e não problemáticas em dores persistentes e incômodas. Em suma, a mente pode acabar agravando a situação. Isso vale para muitos outros sentimentos do dia a dia.

Quando você tenta resolver o “problema” da infelicidade (ou de qualquer outra emoção “negativa”), mobiliza uma das ferramentas mais poderosas da mente: o pensamento crítico racional.

Funciona assim: você se vê num lugar (infeliz) e sabe onde deseja estar (feliz). Sua mente analisa o hiato entre os dois polos e tenta descobrir a melhor forma de transpô-lo. Para isso, usa seu modo Atuante (assim chamado porque é eficiente para resolver problemas e realizar tarefas), que reduz progressivamente o hiato entre onde você está e onde deseja chegar. Ele faz isso fragmentando o problema, resolvendo cada uma das partes e depois verificando se isso o ajudou a se aproximar de seu objetivo.

Esse processo é instantâneo e nem nos damos conta dele. É uma forma incrivelmente poderosa de resolver problemas: é assim que nos orientamos nas cidades desconhecidas, dirigimos carros e organizamos cronogramas de trabalho frenéticos.

Parece perfeitamente natural, portanto, aplicar essa abordagem para resolver o “problema” da infelicidade. Mas, na verdade, é a pior coisa que se pode fazer, pois requer que você se concentre no hiato entre como está e como gostaria de estar. Então você faz perguntas como:

O que há de errado comigo? Onde foi que errei? Por que cometo sempre os mesmos erros?

Esses questionamentos, além de duros e autodestrutivos, exigem que a mente forneça indícios para explicar seu descontentamento. E a mente é de fato brilhante em fornecer tais indícios.

Claro que ninguém fica remoendo os problemas porque acredita que é uma forma nociva de pensar. As pessoas acreditam que, preocupando-se o suficiente com sua infelicidade, acabarão encontrando uma solução para ela. Mas as pesquisas provam o oposto: na verdade, remoer pensamentos reduz nossa capacidade de solucionar problemas, e é um artifício absolutamente inútil para lidar com dificuldades emocionais.

Os sinais são claros: remoer pensamentos é o problema, não a solução.


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Porque temos altos e baixos no humor?

O humor de todos nós passa por altos e baixos. Às vezes nosso estado de espírito muda de uma hora para outra, sem nem sabermos por quê: num momento estamos felizes, contentes e despreocupados, então algo sutil acontece e começamos a ficar estressados. Pensamos em nossas dificuldades, em todas as coisas que precisamos fazer, na falta de tempo para resolver tudo. O ritmo das exigências é cada vez mais implacável. Nesse estado, ficamos cansados o tempo todo, de forma que nem uma boa noite de sono nos revigora.

E nos perguntamos: Como isso foi acontecer? Por que ficamos assim?

Talvez não tenha havido nenhuma grande mudança em nossa vida: não perdemos um amigo, não nos endividamos de forma descontrolada. Nada mudou, mas de alguma forma a alegria desapareceu, sendo substituída por uma espécie de aflição generalizada. Na maior parte do tempo, as pessoas conseguem escapar dessa espiral descendente. Esses períodos difíceis costumam passar. No entanto, às vezes podem perdurar e nos levar para o fundo do poço. Nas situações mais graves, a pessoa pode ser acometida por uma crise séria de ansiedade ou de depressão clínica.

Algumas décadas atrás, acreditava-se que os pensamentos conseguiam mudar nosso estado de espírito e nossas emoções, mas a partir dos anos 1980 descobriu-se que o contrário também pode acontecer: nosso estado de espírito pode mudar nossos pensamentos. Na prática, isso significa que mesmo os momentos passageiros de tristeza podem acabar se autoalimentando para criar pensamentos negativos, definindo a maneira como você vê e interpreta o mundo.

Assim como um céu nublado pode fazê-lo se sentir melancólico, uma pequena irritação pode trazer à tona lembranças ruins, aprofundando ainda mais seu nervosismo. O mesmo vale para outras emoções: se você se sente estressado, esse estado pode criar ainda mais estresse. Isso também acontece com a ansiedade, o medo, a raiva, e com emoções “positivas” como amor, felicidade, compaixão e empatia.

Mas não são apenas pensamentos e estados de ânimo que se alimentam mutuamente e destroem o bem-estar – o corpo também se envolve nesse processo. Isso acontece porque a mente não existe de forma isolada. Ela é uma parte fundamental do corpo, e ambos compartilham informações emocionais entre si o tempo todo. Na verdade, grande parte do que o corpo sente é influenciado pelos pensamentos e pelas emoções, e tudo o que pensamos é influenciado pelo que está ocorrendo no corpo.

Pesquisas recentes mostram que nossa perspectiva de vida pode ser alterada por mínimas mudanças corporais: atitudes sutis como fechar a cara, sorrir ou corrigir a postura podem ter um impacto enorme em nosso estado de espírito e em nossos pensamento. É surpreendente descobrir que o ato de sorrir pode ele próprio torná-lo feliz. Esse é um exemplo perfeito de como são estreitos os vínculos entre a mente e o corpo. Sorrir também é contagioso.

Quando você vê alguém sorrindo, quase inevitavelmente sorri de volta.

Quando você vê alguém sorrindo, quase inevitavelmente sorri de volta.

Pense nisto: o simples ato de sorrir pode deixá-lo contente (ainda que seja um sorriso forçado). E, se você sorrir, os outros sorrirão de volta, o que reforça sua felicidade. É um círculo virtuoso. Mas também existe um círculo vicioso, que atua na direção oposta. Ao pressentirmos uma ameaça, ficamos tensos, prontos para lutar ou fugir. Essa reação de “luta ou fuga” não é consciente: é controlada por uma das partes mais “primitivas” do cérebro e, por isso, ele pode ser um pouco simplista na maneira de interpretar o perigo.

Aprenda a se analisar e desenvolver sua amplitude comportamental, reaja frente uma emoção e busque modificar a forma como responde a pensamentos negativos, ressignifique sua vida, resolva os problemas que estão no seu controle e assuma o modo atuante de sua história. Tenha consciência das suas emoções e dos seus atos.


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Resolva seus problemas: compreender é o primeiro passo.

Conseguimos compreender nossas experiências de vida analisando cinco partes: ambientes/situações de vida, reações físicas, humor, comportamentos e pensamentos. Cada uma dessas partes interage com as outras, então, mudanças em nosso comportamento influenciam como pensamos e como nos sentimos. O comportamento também pode mudar o ambiente e os eventos da vida. A forma como pensamos determina como nos sentimos.

Como exemplo da compreensão dos problemas em cada uma dessas partes, considere uma pessoa ansiosa que têm fobia em voar de avião e precisa fazer uma viagem importante para sua vida profissional.

  • Mudanças ambientais/situação de vida: Viagem a trabalho para alcançar uma promoção.
  • Reações físicas: suor frio, taquicardia, respiração acelerada, agitação.
  • Humor: em pânico, ansiedade, nervosismo.
  • Comportamento: evitação de voar, cogitando desistir da promoção.
  • Pensamentos: “Estou tendo um ataque cardíaco”, “Vou morrer”, “Alguma coisa ruim vai acontecer se eu viajar de avião”.

A compreensão de como interagem esses cinco aspectos ajuda a compreender nossos problemas e já que as áreas estão interligadas, pequenas melhoras em qualquer uma delas contribuiriam para mudanças positivas nas demais. Assim como no exemplo você também pode começar a entender os problemas, observando e anotando o que está vivenciando nessas cinco áreas da sua vida, isso pode proporcionar uma nova maneira de compreender os próprios problemas e fornecer ideias de como fazer mudanças positivas na vida.

Bruna Castro - Resolva seus problemas

Para facilitar o preenchimento dessas cinco fases responda às seguintes perguntas:

  • Mudanças ambientais/situação de vida: Que mudanças recentes ocorreram em minha vida? Quais foram os eventos mais estressantes para mim no último ano? Nos últimos 3 anos? Cinco anos? Em minha infância? Estou passando por dificuldades duradouras ou atuais?
  • Reações físicas: Que sintomas físicos estou tendo? (Considere mudanças gerais no nível de energia, apetite, dor e sono, além de sintomas ocasionais como tensão muscular, cansaço, taquicardia, dores de estômago, sudorese, tonturas e dificuldades respiratórias.)
  • Estados de humor: Que palavras isoladas descrevem meus estados de humor mais frequentes ou perturbados (triste, nervoso, raivoso, culpado, envergonhado)?
  • Comportamentos: Que comportamentos estão conectados ao meu humor? No trabalho? Em casa? Com amigos? Comigo mesmo? (Comportamentos são coisas que fazemos ou evitamos fazer.)
  • Pensamentos: Quando apresento estados de humor intensos, que pensamentos tenho a meu respeito? Sobre outras pessoas? Meu futuro? Que imagens ou lembranças me vêm à mente?

Após essa atividade ficará mais fácil visualizar quais áreas necessitam de mudança, na terapia cognitivo comportamental se foca nas distorções de pensamentos e na ativação comportamental. Se você tem algum transtorno é necessário que faça essa atividade e inicie a terapia, assim seu terapeuta poderá te ajudar a compreender melhor seus problemas e orientá-lo quanto ao caminho que deve seguir para promover mudanças.

O app Cogni auxilia no registro de pensamentos disfuncionais

Para lhe ajudar a resolver seus problemas com a ajuda da tecnologia e a compreender seus sentimentos, eu costumo utilizar um aplicativo com meus pacientes em terapia que permite escrever essas cinco áreas com muita facilidade e depois eles podem compartilhar comigo suas anotações para discutirmos nas sessões. Já postei no meu Instagram sobre o aplicativo Cogni que funciona como um diário da terapia. Confira o post e aproveita para me seguir se ainda não me segue:

https://www.instagram.com/p/B1Ph7eih6rL

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Você tem inteligência emocional?

A inteligência emocional se traduz na possibilidade do ser humano de aprender a lidar com as próprias emoções e usufruí-las em benefício próprio. Aprender, também, a compreender os sentimentos e comportamentos do outro.
A importância da inteligência emocional é para a vida. Sua essência se dá quando conseguimos conciliar o lado emocional e racional do cérebro, neutralizando as emoções disfuncionais , as quais produzem comportamentos destrutivos e, então, potencializa as emoções funcionais para gerar os resultados desejados. Em terapia se trabalha muito estratégias de controle de emoções, adquirindo uma inteligência emocional funcional e positiva! 

O controle das emoções em situações que as tornam disfuncionais é realizado quando identificamos os pensamentos que as geram. Quando mudamos nossos pensamentos conseguimos mudar também a forma como nos sentimos em relação a eles. Uma pessoa que tem inteligência emocional consegue controlar seus sentimentos e questionar seus pensamentos conseguindo dessa forma conectar razão com emoção! 

E como anda a sua inteligência emocional?


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