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Ansiedade

Ansiedade Social: O medo de se expor socialmente.

Você sofre de muita ansiedade antecipatória em relação a interações sociais? Ou é preocupando com o modo como agiu ou com o que disse aos outros, e isso faz se sentir terrivelmente ansioso? Evita situações sociais? E fica excessivamente preocupado com o que as pessoas pensam de você? Se você respondeu sim, para algumas dessas perguntas é provável que você sofra de ansiedade social, que é uma das formas mais comuns de transtorno de ansiedade, essa condição costuma se iniciar na infância ou no início da adolescência, e pode tomar um rumo crônico e durar décadas. A fobia social (transtorno de ansiedade social) pode causar uma vida inteira de decepções, solidão e aflição e com frequência está associada a outros transtornos, como depressão maior, ansiedade generalizada e transtornos por uso de álcool. Formas mais brandas de ansiedade social são ainda mais comuns na população em geral, e ansiedade elevada em situações sociais é uma queixa frequente em diversos transtornos de ansiedade.

O que as pessoas vão pensar?

Nós todos nos importamos com o que os outros pensam de nós. É perfeitamente natural como seres humanos querermos ser estimados pelos outros, receber sua aprovação, aceitação, e talvez até admiração. Assim, é perfeitamente normal nos sentirmos um pouco nervosos e tensos quando nos encontramos em uma situação social desconhecida ou precisamos nos apresentar, travar conversas ou dar nossa opinião – e tudo parecendo tranquilos, confiantes e até atraentes ou espirituosos. Todo mundo pensa de vez em quando “Como estou me saindo?”, “Fico imaginando o que pensam de mim”, “Eu espero não ter dito nenhuma estupidez”, “Eu realmente me sinto como um peixe fora d’água” ou “Mal posso esperar para sair daqui”. Depois de sair destas interações sociais incômodas, reprocessamos mentalmente os eventos da noite – como “desempenhamos”, as reações das pessoas a nós – tentando chegar a alguma conclusão sobre a questão “Eu fiz papel de bobo”.

Se você tem ansiedade social, tudo que acabamos de descrever provavelmente lhe parece ampliado mil vezes. Talvez você se sinta paralisado pelo medo em situações sociais, convivendo com o temor de causar uma impressão negativa. A possibilidade de constranger a si mesmo pode ter-se tornado uma catástrofe completa que você não pode arriscar. Você está tão convencido de que parece desajeitado e inepto que começa a monitorar todas as suas expressões verbais e gestos em um esforço para causar uma boa impressão. Por fim decide que não pode mais se fazer passar por essa tortura; melhor evitar os outros o máximo possível do que suportar essa humilhação. E assim começa a se isolar, recolhendo-se por trás de muros de autoproteção, entrincheirando-se do resto da humanidade. Mas isso tem um grande custo; muitas vezes você se sente sozinho, com um profundo senso de insatisfação e qualidade de vida reduzida. O outro grande custo é que você se torna menos experiente nas “artes do discurso social” e assim se sente cada vez mais inábil em situações sociais.Você é apanhado em um ciclo vicioso que parece impossível de escapar!

Três elementos centrais da ansiedade social:

Existem três componentes centrais da ansiedade social intensa, e cada um deles é especificamente abordado na terapia cognitiva para fobia social:

  • Medo de avaliação negativa – o medo de ser julgado negativamente pelos outros e expor-se a seu escárnio e desdém; o medo de que os outros vão pensar que você é idiota, fraco, inepto, talvez até maluco.
  • Autofoco elevado – ficar intensamente concentrado em seu desempenho social, imaginando a impressão que está causando aos outros, ao ponto de que você mal ouve o que as pessoas estão dizendo. Paradoxalmente, quanto mais você tenta controlar e avaliar toda expressão vocal, facial e corporal, mais desajeitado você se torna em suas interações sociais.
  • Evitação ampla – evitar as pessoas o máximo possível e fugir na primeira oportunidade quando forçado a interagir socialmente

O medo da exposição social é um transtorno, sendo assim considerado doença. A boa notícia é que tem tratamento através de terapia e, em casos mais graves, medicação. Se você se identificou com o texto procure um profissional e peça uma avaliação, a terapia cognitiva comportamental tem bons resultados no trabalho de fobias e utiliza estratégias efetivas para seu tratamento, como correção de distorções de pensamento, exposições graduais ao meio social, substituição de crenças negativas para mais adaptativas e utilizando de ensaio comportamental.

Cuide da sua saúde mental, cuide de você!


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